segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Desaparecida em combate

Tenho andado desaparecida em combate, mal tenho tempo para me coçar, quanto mais para o blogue. Ao final do dia estou tão cansada que só me apetece cama e descanso. Isto deixa-me bastante triste, porque adoro andar por aqui a visitar os blogues que eu sigo, a escrever umas e outras...

Hoje o dia correu-me super mal, para além de ser Segunda-feira (o que por si só, já é difícil), logo bem de manhã, tive de levar com uma dose de gritos e falta de respeito, que só visto.

O meu patrão acha que é o meu dono (meu e dos meus colegas) e que tem de saber tudo sobre as nossas vidas, para além disso tem o péssimo hábito de dar ordens ou impor regras, pela lei do barulho. O homem põe-se aos berros e acha que, dessa maneira, consegue impor o respeito. Com uma atitude destas, só consegue o contrário, mas enfim, o problema é dele.

Resumindo, eu trabalho num escritório, em pleno século XXI, e tenho de me safar sem internet. Trabalhar sem acesso à internet, nos tempos que correm é uma anormalidade e um atraso de vida, mas eu não sou a dona da empresa, tenho de me adaptar às regras instituídas... quando instalaram o router (sem fios), foi-me dito que poderia aceder à internet do escritório, através do meu telemóvel ou outro disposito móvel. Atenção, eu não pedi nada, eles é que ofereceram. Hoje fui acusada de uma maneira tão estúpida, mais parecia que ando a roubar a net à entidade patronal. E ainda, tiveram o descaramento de me dizer que eu não pedi autorização para nada.

Eu referi, que acedi à internet porque me disseram que o podia fazer, mas que tenho o meu trabalho todo em dia, sem atrasos ou erros... ao que parece isso não interessa!

Fiquei a saber que estou lá para trabalhar o tempo todo, sem intervalos, que isso de andar na net no horário de trabalho é uma falta de respeito e dá muito mau aspecto... como se eu falasse mal da empresa na internet, ou tivesse dado um grande prejuízo ou mesmo tivesse sido chamada a atenção por ter trabalho em atraso.

Trabalho por duas pessoas, faço tudo de uma forma profissional e eficiente, nunca chego atrasada, sou assídua (vivo preocupada com os horários), faço todos os dias mais uma hora, a custo zero... em 7 anos de empresa, poupei à mesma imenso dinheiro, pois faço 45 horas semanais (sem receber horas extras), faço o trabalho de duas pessoas e às vezes três, não tenho nada em atraso e ganho um ordenado de 575,00.

Tenho ou não tenho razão para me sentir injustiçada?

Não admito que ponham em causa a minha integridade moral, intelectual e profissional. Eu não sou uma "Yes Man", não hesito em dar a minha opinião e isso é um grande problema... quem trabalha muito e dá tudo, inclusivé a saúde, é uma pessoa excelente, quem não o faz, todas as semanas tem um defeito e tudo o que diz tem uma segunda intenção e pior ainda, mente.

Para finalizar, eu trabalho num sítio em que não posso ser eu mesma, não posso ter uma opinião contrária e manifestá-la, em que tenho de baixar a cabeça ao meu senhor "feudal" e deixá-lo pisar-me sempe que queira, onde não posso reclamar e tenho de ter cuidado com a maneira como falo, não dá para ser irónica, arrogante ou muito específica... ou seja, tenho de ser uma hipócrita do caraças e pisar as minhas convicções, as minhas ideias, as minhas opiniões e tudo o que saia da minha cabeça.

Só me apetece chorar... hoje até tive um pensamento horrível, daqueles que nunca tinha tido:

"Se eu morresse estava tudo resolvido, já não ofendia ninguém só com a minha presença ou palavras."

Estou mesmo mal...

3 comentários:

  1. A maior lição que eu tive do meu último patrão foi que se eu me calo uma vez, pisam-me o resto da vida. A maioria dos patrões nunca valoriza o nosso trabalho por melhor que ele seja. Mas tu não te cales. Quando te chamarem a atenção por coisas dessas diz-lhes o que fazes todos os dias.
    E quanto ao resto, tira essas coisas da cabeça. Eles não merecem. Levanta a cabeça e amanhã entra lá com a tua dignidade em cima, porque não fizeste nada de mal. Arrebita, arrebita.
    beijinho

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    1. Obrigada pelo incentivo., é que fiquei mesmo desapontada porque sei que não fiz nada de mal e fizeram-me sentir como lixo... estas coisas revoltam-me!

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  2. Bom mas estás mesmo mal para pensar assim!
    É uma injustiça mesmo porque custa imenso quando fazemos o nosso trabalho e o dos outros e ainda nos apontam o dedo como se devêssemos alguma coisa. Custa dói mas a porra da crise faz que ainda abusem de nós ao ponto de ou fazemos ou vamos para o olho da rua!
    Mas mantém a calma por muito dificil que seja *

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