domingo, 28 de julho de 2013

Desemprego

O desemprego, esta palavra que nos acompanha dia após dia, neste momento é algo muito em voga, no nosso país. Infelizmente, para nós, os nossos governantes ainda não se debruçaram sobre este grave problema... preocupam-se mais com joguinhos de poder do que com o que realmente importa. A vida de um desempregado, num país que está no buraco, é complicada e desesperante. Não falo por experiência própria, por enquanto o meu emprego está assegurado, falo pela experiência de um familiar directo, a quem estou a ajudar na saga, que é estar desempregado. Vindo de um sector que está paralisado, em que as ofertas são poucas ou nenhumas, a esperança de encontrar um emprego, que se encaixe na sua experiência profissional é praticamente impossível.

Quando passamos 16 anos da nossa vida no primeiro e único emprego, ficar desempregado é uma novidade e a primeira reacção é: "durante 16 anos cumpri com o meu contrato com a segurança social, sempre paguei os meus impostos, contribui com as minhas obrigações para com o Estado. Agora é a vez deles chegarem-se à frente.".

Após 5 meses sem trabalho, sem ofertas na sua área profissional, só lhe resta mudar de área e começar a ver outras coisas... estamos a ver se não é necessário optar pela saída do país.

Neste momento, os desempregados, começam a ser vistos como o principal mal do buraco, em que Portugal está metido e existe um certo estigma... muitos defendem, que os desempregados deviam fazer qualquer coisa, por exemplo limpar matas, para justificar o subsídio de desemprego. A isto, eu só posso chamar ignorância! Se uma pessoa está a receber subsídio é porque trabalhou dentro da legalidade, fez descontos e de acordo com o contrato que, todos os que trabalham, têm com a Segurança Social, em caso de doença ou desemprego, o Estado tem de retribuir... é uma obrigação deles, é um direito nosso.

Espero que o espectro do desemprego não ande a vaguear perto da minha porta, com a idade que eu tenho, não sei como me vou safar...

2 comentários:

  1. Estou a viver isso agora e sei do que falas. E acredito que seja mais complicado para pessoas com mais idade, que trabalharam sempre no mesmo sítio e de repente lhes tiraram o tapete de debaixo dos pés. Temos de ter esperança que melhores dias virão.
    beijinho

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    Respostas
    1. A esperança é sempre a última a morrer, o que importa é andar para a frente :)

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